Biotecnologia Vegetal

Um blogue que esclarece tudo sobre organismos geneticamente modificados...

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Transgénicos fazem madrugadores

Um estudo da universidade da California revela que as pessoas que gostam de se levantar cedo e antecipar as horas de sono, podem utilizar o seu DNA com essa função. Ao estudar um grupo de famílias, os detentores do "síndrome da fase avançada do sono", concluiu-se que uma mutação seria a causa de tal comportamento.
De acordo com o estudo, os possuidores do gene Per2, têm o hábito de ir para a cama por volta das 17-19 horas e acordar por volta das 2-4 horas, mesmo ao fim de semana, e sem ajuda do despertador.
A fim de demonstrar que este comportamento é fruto de certo tipo de gene, os cientistas de uma Universidade californiana criaram roedores com a mutação idêntica à presente em humanos "madrugadores".
Foram colocados dois grupos em caixas iluminadas artificialmente, de forma a simular o dia, alternando períodos claros com escuros a cada 12 horas. Na Natureza, tais roedores são animais nocturnos, e portanto, acordavam assim que desligávamos a luz, começavam a andar à roda e ficavam activos o tempo todo em que a luz permanecia apagada. Por outro lado, os animais transgénicos iniciavam a sua actividade de três a quatro horas antes de a luz se acender e iam dormir mais cedo também, do mesmo modo que acontece com os humanos que têm a síndrome.
A meta final destes cientistas é encontrar uma forma de intervenção terapêutica, capaz de regular o ritmo cicardiano humano, e por isso continuam as pesquisas, testando várias drogas nos roedores trangénicos.

Boémia genética

Semelhante ao estudo anterior é o de um grupo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Estes pesquisadores, porém estudam a causa do problema
inverso, também resultante de alteração hereditária, no gene Per3. Aparentemente, quem possui esta alteração contrai a sÍndrome da fase atrasada do sono, uma espécie boémia genética.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Recorde em 2006

No ano passado, Estados Unidos, Argentina e Brasil, foram os três países que mais cultivaram transgénicos. na maior parte, soja. A Índia foi mais longe e triplicou a sua área de algodão transgénico, para 3,8 hectares.
Um grupo de defesa da biotecnologia informa que ficou estabelecido um novo recorde relativo ao número de plantações geneticamente modificadas em todo o planeta, no ano passado. Por outro lado, os críticos dessas produções transgénicas afirmam que os supostos avanços não vão além da criação de variedades resistentes a pragas, não mais nutritivas, e que boa parte da produção foi destinada ao consumo animal, o que minaria a alegação de que a biotecnologia ajuda na luta contra a fome mundial.
Devido às críticas, o grupo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agribiotecnológicas, apoiado pela indústria do sector, apresentou o recorde que vem provar que estas plantações criadas para reduzir o uso de pesticidas podem amenizar a pobreza e beneficiar financeiramente os pequenos produtores.
Desta forma, cerca de 10,3 milhões de agricultores, em 22 países, cultivaram produtos geneticamente modificados em 101 milhões de hectares no ano passado, 13% além de 2005, de acordo com o relatório. Destes, 9,3 milhões são considerados agricultores de subsistência.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Metas alcançadas pelos transgenicos

A maior parte da comida que hoje consumimos foi modificada de qualquer modo. É o caso do milho, que actualmente se consome em larga escala, que retém pouco doseu ancestral mais próximo,uma erva selvagem chamada teosinde que ainda hoje cresce no México, com maçarocas aproximadamente da dimensão dos grãos de milho actuais. Outros exemplos são as uvas sem grainha, as laranjas sem caroços ou as galinhas de crescimento rápido, que nunca teriam surgido na natureza sem a intervenção humana. Todas estas intervenções recorrem à chamada genética clássica e têm boa aceitação por parte do consumidor. A controvérsia surge quando é utilizada a Engenharia Genética com os mesmos fins. Torna-se assim, possível em poucos anos, produzir uma nova raça, variedade ou estirpe ( consoante se trate de animais, plantas ou microrganismos ), que pelos métodos tradicionais demoraria décadas, séculos, ou seria mesmo impossível obter. Actualmente os transgénicos favorecem essencialmente o agricultor que os cultiva. Contudo, começam a aparecer algumas variedades que podem vir a ser interessantes para alguns grupos de consumidores. Alguns exemoplos:
  • Plantas mais resistentes a herbicidas;
  • Plantas mais resistentes a pragas de insectos;
  • Plantas com maior vida comercial;
  • Plantas que toleram condições ambientais mais agressivas ( geadas, secas,solos salinos );
  • Plantas que resistem a vírus, fungos e bactérias;
  • Plantas de qualidade aumentada ( melhores valores nutritivos, aroma, sabor, mais baixos teores de componentes alérgicos ou indesejáveis ).
Hoje em dia, já algumas espécies de transgénicos são comercializados no mundo. São exemplos desses alimentos modificados geneticamente, o aipo e a cenoura, mais estaladiços no momento do corte; alfaces, resistentes a pragas; algodão ( óleo ), com maior resistência a insectos, tolerante a herbicidas; amendoim e girassol, óleos para culinária que mantêm a textura a temperaturas elevadas, com menores requisitos de processamento; café, com menor conteúdo de cafeína; melões, com maior tempo médio de vida; tomates, com processos de maturação alterados ( maiores aromas, e resistência à putrefacção ); trigo, farinha mais apropriada para o fabrico do pão; e muitos mais. Em relação à modificação docódigo genético em animais ainda está em fase experimental, porém prestes a passar à fase comercial.

sábado, janeiro 13, 2007

Transgénicos e a saúde

Existe um consenso por parte dos investigadores, de que não existe risco zero nos transgénicos. Porém os organismos geneticamente modificados tem sido muito discutido ultimamente. Mas as pesquisas sobre o assunto não têm sido suficientes, e é por isso que não se pode tirar conclusões dos problemas que poderão causar este tipo de alimentos.
A produção de transgénicos têm vindo a aumentar e actualmente, já se encontram estes produtos nas prateleiras dos supermercados. Contudo ainda não existem certezas sobre as consequências do seu consumo.
Entre os principais riscos da inserção de um ou mais genes no código genético de um organismo está a produção de novas proteínas alérgicas ou de substâncias tóxicas não identificadas em testes preliminares. Foi o que sucedeu por exemplo em 1989, nos Estados Unidos, quando consumidores de um complemento alimentar contendo triptofano produzido por bactérias transgénicas adquiriram a síndrome de eosinofilia-mialgia, provocando a morte de 37 pessoas e a invalidez a outras 1500. O facto é que os testes realizados antes da deliberação para consumo tinham demontrado " equivalência substancial", ou similaridade na composição do produto nao transgénico. O que os engenheiros genéticos não previam era que, com a alteração genética, as bactérias começassem a produzir um novo aminoácido (unidade da proteína) extremamente tóxico, como ocorreu.
Por outro lado um dos objectivos da introdução dos transgénicos no mercado, é combater certas carências vitamínicas que muitos países subdesenvolvidos passam, dado a sua alimentação pouco variada. Isto através do melhoramento de plantas, no sentido de conseguir que uma determinada planta, por exemplo, produza um certo nutriente, como é o caso do arroz dourado que têm níveis de vitamina A (beta-caroteno) do que a sua espécie não trangénica.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Novo Site


Como a informação se vai acumulando, um blogue deixou de ter capacidade para tudo o que queremos transmitir. Decidimos então criar um novo site: http://www.freewebs.com/transgenicosap. Continuaremos a postar neste blogue, mas reduziremos a frequência dos posts. Esperamos pela vossa visita!