Biotecnologia Vegetal

Um blogue que esclarece tudo sobre organismos geneticamente modificados...

sábado, abril 25, 2009

Vaticano debate OGM

O Vaticano voltará a discutir o tema dos Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e analisar a necessidade de mudar a opinião negativa que a política e a sociedade em geral têm sobre eles.

A ocasião para o novo debate será a semana de estudo promovida pela Pontifícia Academia das Ciências sobre "Plantas transgênicas para a segurança alimentar no contexto do desenvolvimento", de 15 a 19 de maio próximo. O encontro será dirigido pelo biólogo e membro dessa academia, Prof. Ingo Potrykus, inventor do "arroz dourado", variedade geneticamente manipulada para conter um suplemento de vitamina A.

Na apresentação de sua palestra, intitulada "As restrições à introdução da biotecnologia para reduzir a pobreza", o Prof. Potrykus escreve que "a biotecnologia das plantas tem um grande potencial para melhorar a vida dos mais pobres".

"Em muitos países, o uso dos OGMs é submetido a controles excessivamente severos e eles sofrem forte pressão por parte da opinião pública. O cientista defende que tais precauções − que ele considera extremas − são burocráticas e carecem de fundamentos científicos.

O encontro no Vaticano "não será apenas um congresso científico, mas uma ocasião para ilustrar o potencial da engenharia genética das plantas e sensibilizar sobre a necessidade de mudar as atitudes e a mentalidade da sociedade e dos legisladores" – afirma o cientista.

Todavia, o ceticismo em relação aos OGMs é forte também dentro da Igreja, e provém, sobretudo, dos países onde a sua introdução é propagada como a solução aos problemas da subalimentação e do desenvolvimento. Uma prova disso é o documento preparatório à próxima Assembleia Especial para a África, do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro, no Vaticano. "A técnica dos OGMs – diz o documento oficial, apresentado por Bento XVI aos africanos em sua recente viagem à África – ameaça os pequenos agricultores, suprimindo seus cultivos tradicionais e tornando-os dependentes de empresas produtoras de OGMs."

A essa crítica soma-se a condenação às multinacionais que "continuam a invadir gradualmente o continente, para se apropriar dos recursos naturais, adquirindo milhares de hectares e expropriando as populações locais, danificando o meio ambiente e a Criação".

O Instrumentum Laboris da assembleia sinodal recorda aos padres sinodais os verdadeiros problemas dos agricultores: a falta de terras cultiváveis, de água e eletricidade, de mercados locais, de crédito, formação e infraestruturas; e se conclui com a pergunta: "Podemos ficar indiferentes diante disso?"

http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=282363

quarta-feira, abril 01, 2009

Quercus critica Universidade de Évora por associar-se a ensaios com milho transgénico

Quercus criticou hoje a Universidade de Évora por pretender disponibilizar terrenos, a uma empresa privada, a multinacional Monsanto, para ensaios com milho geneticamente modificado, defendendo que a academia devia antes “fomentar o uso de práticas agrícolas mais sustentáveis”.

“Este campo de ensaios, no caso de avançar, não trará benefícios alguns, nem para a Universidade, nem para esta região”, disse à Agência Lusa o vice-presidente da Quercus, Nuno Sequeira.

O ambientalista falava durante uma acção de protesto, promovida pela associação e pela Plataforma “Transgénicos Fora”, junto da Universidade de Évora (UE), contra a realização dos ensaios com milho geneticamente modificado (OGM).

A acção, protagonizada por quatro activistas, consistiu na distribuição de panfletos, com informação aos alunos da UE sobre a possibilidade de a multinacional da indústria agroquímica Monsanto vir a efectuar ensaios com a variedade NK603 de milho OGM na Herdade da Mitra, pólo daquela instituição.


UE não autoriza milho transgénico

“O milho transgénico que está em consulta pública não está autorizado para ser cultivado em nenhum local da União Europeia”, afirmou Nuno Sequeira.

O ambientalista realçou, também, a necessidade de sensibilizar a comunidade universitária e de Évora para “participar na consulta pública sobre os ensaios”, que termina esta sexta-feira.

“Estar a incentivar o cultivo de um produto resistente a herbicida é estar a incrementar o uso de agrotóxicos e também intervir negativamente nos ecossistemas e com a saúde humana”, argumentou.

Notícia público
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1372125&idCanal=92

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Estudo afirma que milho transgênico proibido em França não faz mal à saúde

Ministro francês deverá prestar esclarecimento sobre proibição à Comissão Europeia

O milho geneticamente modificado produzido pela firma americana Monsanto, cujo cultivo está suspenso na França há um ano, não é perigoso para a saúde. A afirmação consta de um relatório da Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Alimentos (AFSSA) publicado nesta semana pelo jornal "Le Figaro".

O relatório contradiz outro no qual o governo da França se apoiou para proibir os cultivos da Monsanto.

"A AFSSA considera que os elementos do relatório Le Maho (...) não fornecem nenhum elemento que ponha em dúvida a segurança sanitária do milho transgênico MON 810, produzido pela Monsanto, diz o texto do relatório, que era "mantido em segredo" já que data de 23 de janeiro, afirma o jornal.

Há um ano, França, representada por seu ministro de Ecologia, Jean-Louis Borloo, proibiu o cultivo desse tipo de milho.

Agora, o próprio Borloo deve explicar a posição do governo francês à Comissão Europeia em Bruxelas, pois a Agência Europeia de Segurança dos Alimentos (EFSA) já apresentara outro relatório classificando o milho da Monsanto como "saudável para a saúde humana e animal e sem perigo para o meio ambiente".

Poderá consultar a notícia original em http://www.lefigaro.fr/flash-actu/2009/02/12/01011-20090212FILWWW00372-l-afssa-a-toujours-defendu-les-ogm-.php

Notícia retirada de http://www.clicrbs.com.br/canalrural/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&action=noticias&id=2402782&section=Capa

sábado, fevereiro 21, 2009

Europeus têm direito a saber onde se cultivam OGM

Transgénico ou convencional? Os europeus têm o direito de saber. A localização concreta das parcelas cultivadas com plantas transgénicas deve ser um dado público. Este é o veredicto da justiça europeia, que analisou o caso, depois de um cidadão francês ter requerido o acesso a estes e outros dados sobre as plantações de OGM.

Os juízes do Luxemburgo apoiam-se na directiva que estabelece que “a disseminação voluntária de OGM na natureza deve ser notificada para que se possam determinar os seus efeitos concretos no meio-ambiente.”

Os magistrados descartaram argumentos sobre a eventual protecção da ordem pública. Mesmo se dar a conhecer a localização das parcelas pode facilitar as acções de destruição por parte de certos grupos ecologistas.

Os juízes do Luxemburgo decidiram, no entanto, que não podem ser divulgados os dados confidenciais notificados às autoridades, ou outros que possam prejudicar a concorrência ou ponham em causa os direitos de propriedade intelectual.

In Euronews (http://www.euronews.net/pt/article/17/02/2009/court-puts-gmo-crop-trials-on-map/)

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Bloqueio na votação em Bruxelas mantém impasse sobre retoma da cultura OGM à França e Grécia

A Comissão Europeia não conseguiu hoje os votos necessários para forçar a França e a Grécia a autorizar a retoma da cultura de um milho transgénico da empresa norte-americana Monsanto, revelou uma fonte comunitária.

Os peritos dos países da União Europeia reunidos no Comité permanente da cadeia alimentar e saúde animal “não conseguiram uma maioria qualificada a favor ou contra os pedidos feitos à França e à Grécia para levantar as medidas de emergência” que impedem a plantação desse milho OGM, confirmou a Comissão em comunicado.

Durante a votação, nove países num total de 27, totalizando 123 votos, apoiaram o pedido da Comissão; 16 países, totalizando 190 votos, pronunciaram-se contra ou abstiveram-se. Dois países (Alemanha e Malta) não participaram na votação.

A Comissão Europeia anunciou a sua decisão de pedir a intervenção dos ministros para desbloquear a situação. Nesse sentido, Bruxelas deverá apresentar, “sem mais demoras”, uma proposta, sobre a qual os países da União Europeia têm três meses para se pronunciarem.

Entretanto, os ministros europeus do Ambiente vão votar, a 2 de Março, as cláusulas de salvaguarda accionadas pela Áustria e a Hungria, outros dois países que se mostram mais renitentes em relação aos OGM. Caso os ministros não cheguem a uma maioria qualificada, então a Comissão poderá impor o levantamento das medidas de salvaguarda.

Durante a reunião de hoje dos peritos, a EFSA, Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, disse ter “interrogações” sobre os riscos da cultura do milho MON810 para o ambiente e pediu respostas à Monsanto.

A insistência do executivo europeu em querer forçar a decisão irrita as autoridades francesas, porque a cláusula de salvaguarda adoptada em Fevereiro de 2008 pela França tem um limite: a renovação da autorização do milho MON810 na União Europeia. A suspensão destas culturas em França foi decidida por causa das “preocupações relativas à questão da disseminação” e dos efeitos na fauna, flora e ecossistemas, lembrou na semana passada o primeiro-ministro francês François Fillon.

Divididos sobre os OGM, os países da União Europeia adoptaram em Dezembro uma série de medidas para os enquadrar. Recomendaram, nomeadamente, não limitar as autorizações aos avisos da EFSA mas implicar os organismos nacionais nos processos. Além disso, pediram que os avisos “avaliem os impactos ambientais a médio e longo prazo”.

Actualmente, vários OGM aguardam a homologação na União Europeia, nomeadamente variedades de milho geneticamente modificado BT 11 da multinacional Syngenta e BT 1105 do grupo Pionner-Dow, bem como da batata Amflora, do grupo alemão Basf.

In Ecosfera (16-02-2009)

sexta-feira, setembro 12, 2008

CE autoriza importação de soja

A Comissão Europeia (CE) autorizou esta segunda-feira a importação na União Europeia (UE) de produtos com soja geneticamente modificada do tipo A2704-12, utilizada na produção de bens alimentares e em rações para animais.

A autorização concedida por Bruxelas será válida para um período de dez anos e implica a rotulagem e o cumprimento das regras europeias impostas aos transgénicos.

A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) considerou improvável que este tipo de soja geneticamente modificada tenha efeitos indesejáveis na saúde do ser humano e dos animais, ou mesmo no ambiente.


Notícia Correio da Manhã

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domingo, julho 13, 2008

Ambientalistas contra trangénicos

Ensaios com milho geneticamente modificado contestados

Cerca de 50 activistas da Plataforma Transgénicos Fora manifestaram-se este sábado contra os ensaios com milho geneticamente modificado autorizados numa herdade de Monforte, Portalegre.

De forma pacífica, os ambientalistas percorreram três quilómetros a pé entre a praia fluvial de Monforte e entrada para a herdade, animados com tambores, gritando palavras de ordem e empunhando cartazes e espantalhos.

Os manifestantes exigiam o cancelamento da autorização para os ensaios com milho geneticamente modificado, não apenas naquela herdade, mas também noutra exploração do concelho de Ferreira do Alentejo.

Margarida Silva, bióloga, explicou que a autorização dada pelo Ministério do Ambiente para os ensaios corresponde a “um abrir de portas a sementes que não tem nada de útil para a nossa agricultura, colocando em causa todos os valores tradicionais e isso em circunstancias sobre as quais não conseguimos exercer qualquer controlo de fiscalização”.

Notícia Correio da Manhã

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