Farsa ou Verdade??
A Plataforma Transgénicos Fora alertou esta semana para "provas científicas irrefutáveis" sobre o impacto negativo do milho transgénico MON 863 baseando-se num estudo de especialistas franceses que será publicado na revista científica Archives of Environmental Contamination and Toxicology. "O estudo prova que há alterações de crescimento e grave prejuízo para a função hepática e renal (fígado e rim) dos animais de laboratório que consumiram tal milho", afirmou à agência Lusa Gualter Baptista, da Plataforma. Mas para Pedro Fevereiro, Director do Laboratório de Biotecnologia de Células Vegetais e Presidente do Centro de Informação de Biotecnologia, a notícia "não passa de uma farsa". O especialista considerou que o autor, Gilles Eric-Séralini, pertence a um laboratório "obscuro", manifestando dúvidas em "estabelecer a credibilidade" dos artigos que assina. "A questão reporta-se a um processo de avaliação elaborado pela Monsanto em 2002, tendo Gilles-Eric Séralini, activista francês anti-transgénicos, mantido uma controvérsia relativamente aos métodos de análise estatística utilizados para avaliar os resultados dos ensaios (que não repudia) efectuados com alimentação em ratos durante 90 dias". "Esta não-notícia é apenas mais uma mentira requentada para assustar a opinião pública relativamente ao uso da agro-biotecnologia", criticou o investigador. Fonte da Monsanto Espanha contactada pela Agência Lusa confirmou que a questão é relativa a uma notícia antiga sobre a qual a empresa já tinha expresso a sua opinião. Na altura, a Monsanto afirmou ter fornecido todas as informações exigidas pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) antes de receber um parecer científico favorável para o MON 863 Yeldgard. A mesma fonte acrescentou que esta variedade de OGM está a ser comercializada nos Estados Unidos e Canadá desde 2003 e que já foi aprovada para importação e uso alimentar noutros países como Japão, Coreia, Filipinas, Austrália, China, Rússia e União Europeia. A Monsanto encomendou um estudo independente sobre os problemas relacionados com anomalias verificadas em ratos alimentados com milho transgénico, tendo os investigadores concluido que a diminuição da massa dos rins e fígados dos animais (também verificada em ratos alimentados com milho convencional) se enquadrava dentro dos parâmetros normais de rins e fígados de ratos.
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