Agrobacterium
O Agrobacterium (bactéria existente no solo) foi o primeiro vector utilizado na transformação genética de plantas. No meio natural esta bactéria provoca a formação de tumores. Estes tumores mantêm a capacidade de crescerem mesmo depois de a bactéria ser eliminada, capacidade resultante da transferência à célula vegetal de um fragmento de ADN localizado numa molécula circular (plasmídio), independente do seu cromossoma. O fragmento transferido (T-ADN) possui duas extremidades que dão indicação do inicío e do fim da região a transferir.
Descobriu-se que era possível remover todo o ADN localizado entre as extremidades do T-ADN e substituí-lo pelos genes de interesse que, ainda assim, as bactérias continuavam a efectuar o transporte do ADN para a planta.
No processo controlado de transformação de plantas por Agrobacterium utilizam-se culturas de plantas mantidas em meios artificiais. As bactérias em crescimento activo são colocadas em contacto com as feridas induzidas (ex.: folhas cortadas) e após algum tempo de contacto, cerca de 48 horas, são eliminadas por adição de antibióticos. São depois proporcionadas à planta as condições ideias para regenerar plantas completas a partir dos tecidos criados. É normal incluir no fragmento de ADN transferido genes que possam favorecer o crescimento das células transformadas e a eliminação das não transformadas.
Apesar de ser um método de obtenção de OGM bastante utilizado, a utilização de Agrobacterium foi um fracasso para o grupo de plantas com maior interesse para a alimentação da população mundial, como os cereais. Para a alteração dos cereais é normalmente utilizado o Processo Biobalístico.
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