Segunda Parte do Artigo
Como prometido anteriormente, hoje deixo-vos o segundo artigo sobre os OGM.
"MON 810 e a sua utilização
O evento MON 810 consiste na inclusão no genoma do milho de um gene com origem na bactéria de solo Bacillus thuringiensis (Bt), que induz a produção de uma toxina que actua especificamente contra as pragas da broca, não sendo tóxica para o gado nem para os seres humanos, tornando o milho resistente aos seus ataques. Estas lagartas de borboleta pertencem
às espécies Sesamia nonagrioides e Ostrinia nubilalis.
As variedades MON 810 são especialmente importantes para os agricultores localizados em zonas com elevada presença de brocas. Os insecticidas utilizados para proteger as plantas não são eficientes, porque as aplicações são externas e as lagartas instalam-se no interior dos caules, não sendo portanto afectadas. As plantas de milho MON 810 têm capacidade de produzir uma toxina que actua especificamente ao nível do tracto intestinal das lagartas da broca, bloqueando o seu funcionamento e provocando a sua morte.
Evita-se assim o ataque das lagartas e salvaguarda-se a saúde das plantas. Todos os agricultores que escolham utilizar sementes biotecnológicas têm formação prévia obrigatória. O Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP) controla e fiscaliza os campos com
produção de milho GM e inspecciona as instalações e equipamentos agrícolas utilizados, com o objectivo de verificar o cumprimento do Decreto-Lei nº 160/2005 de 21-09-2005 sobre a existência e das normas de rotulagem e rastreabilidade. Segundo o Decreto-Lei nº 72/2003 de 10-04-2003, todos os produtos com base em materiais GM devem ser rotulados quando incluírem mais de 0,9% de componentes GM.
Durante o ano passado não foram registadas quaisquer irregularidades na utilização desta tecnologia, no nosso país."
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